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sábado, 27 de fevereiro de 2016

PMBOK e DMBOK-Quando dois corpos se aproximam


“Quando dois corpos se aproximam” poderia ser o nome de uma previsão de colisões de astros ou de um livro qualquer de Nicholas Sparks. Na realidade, nesse contexto, é um truque de marketing “in-bound” com o objetivo de se analisar a convergência e afinidade entre os frameworks do PMBOK e do DMBOK. Dois dos mais conhecidos “BOK”-Body Of Knowledge (BOK), esses conceitos há muito somente estavam tendo encontros marcados pela simples presença das letras B-O-K, em seus logotipos. Andavam de mãos dadas com BABOK e outras proposições semelhantes, integradas somente pelo nome e não pela afinidade de objetivos. Na realidade, há muito mais aproximação entre esses dois elementos do que sugerem os seus manuais e guias. Pelo simples fato de que a Gerência de projetos (foco do PM-BOK) não pode prescindir da gerência de dados (foco do DM-BOK), nem vice-versa, esses dois elementos já deveriam ter se encontrado há tempos. Entretanto, só recentemente o PMBOK trouxe para o seu âmbito, essa discussão de dados de projetos, com detalhes mais evoluídos. Falta ainda um pouco mais sobre a conexão entre ele e os conceitos  de projetos de dados. Dados de projetos e Projetos de dados, embora soe como um aparente jogo de palavras, são elementos com alta afinidade. Na última edição do PMBOK-Guide 5th edition, houve o desenvolvimento de alguns conceitos em direção ao patamar de Conhecimento, trilhando a hierarquia clássica de Dados, Informação, Conhecimento (Knowledge) e Sabedoria (Wisdom), que recebeu o acrônimo DIKW. Os dados foram segregados em três níveis:
·         Dados de desempenho de trabalho (Work performance data): Essa camada de refere às observações e medidas identificadas durante o desempenho dos trabalhos do projeto;
·         Informações de desempenho de trabalho (Work performance information): Essa camada representa os resultados da análise dos dados de desempenho, integrados através de diversas áreas, como o “status” de implementação de solicitações de mudanças, ou previsões para completar atividades, por exemplo; 
·         Relatórios de desempenho de trabalho (Work performance reports): Nessa camada, o PMBOK não define “conhecimento” diretamente e estabelece que aqui esteja a representação física ou eletrônica das informações de desempenho de trabalho, compiladas em documentos de projetos, com o objetivo de gerar decisões, ações ou alertas. Entender as informações nesses veículos (relatórios) e traduzi-las em decisões precisas e ricas é função da competência de gerentes que leem os relatórios. Aqui, na realidade, estariam os conhecimentos gerados, observados, aprendidos e registrados por agentes partícipes do projeto, em pontos do seu ciclo, mas o conceito ficou um pouco camuflado.

Depois dessa primeira incursão do PMBOK em direção ao DIKW gerados em contextos de projetos que seguem processos, o PMBOK precisa pensar na importância do seu casamento com Projetos de Dados. Isso se dará pelo entrelace com corpos de conhecimentos do DMBOK, como DW/BI, MDM, Qualidade e Metadados. E isso discutiremos em outra oportunidade.  

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O estado atual da Governança e Gestão de dados nos EUA-12


#17-Outro assunto discutido no painel final do evento de Baltimore, sobre Gestão e Qualidade de Dados foi a falta de cursos focados diretamente em gestão e governança de dados. Apesar do aparecimento, nos últimos anos, de várias ofertas de treinamento em Ciência de dados, o foco na gestão de dados com visão negocial não está presente nas grades das principais universidades americanas. O curso de Ciência de dados tem um olhar diferente, dando ênfase a aspectos de tratamento estatístico de dados, principalmente depois do fenômeno Big data. Na área de gestão e qualidade de dados, não existem definições específicas sobre os papéis necessários para a atuação, nem o tipo de formação, reclamaram os americanos. No Brasil essa lacuna  é a mesma (há ou havia somente uma oferta deste tipo de curso numa Universidade, em SP) e a saída aparente , conforme discutido, é buscar a intensificação de palestras e treinamentos  de curto prazo sobre a importância dos dados, sua valoração como ativo organizacional  e sua conexão com estratégias de negócios. Há mais de 5 anos, tenho ministrado nas Pós-graduações onde atuo, disciplinas que tratam dessa temática. No curso de pós de BI-Business Intelligence , de Bancos de dados e de Arquitetura de Sistemas Distribuídos da PUC-MG,  e de Governança de TI e Engenharia de SW da FUMEC, desenvolvo a disciplina de Governança e Gestão de dados, procurando a semeadura dos conceitos. Há uma nítida manifestação de interesses dos alunos por um aprofundamento no tema, via trabalhos de conclusão do curso. Para 2016, pretendemos lançar na Fumsoft, uma série de  eventos de pequena duração, na linha que chamamos de “Data Talking”. Serão palestras ou mini-cursos(4 a 8 horas) , dados por especialistas, sobre os aspectos de dados, passando da Governança e Gestão para tratamento em “normal” data ou “Big” data; abordagens analíticas, discussões sobre a nova geração de produtos NOSQL e sua influência no ecossistema de dados das organizações, etc. A primeira edição desta série será em 26 de Fevereiro, com a participação de Cláudio Lucio do Val Lopes e Carlos Barbieri, falando sobre Governança de dados com Big Data. A discussão focara no encontro desses dois conceitos, ressaltando as diferenças entre Governar "normal data" e "Big Data". Cláudio Lúcio(da A3Data), um dos maiores especialistas do BR em Big Data focará no conceito de Big Data e eu mostrarei os aspectos de GD nesses projetos. Maiores informações, no link :



Os interessados deverão ficar atentos e podem me procurar para se incluírem na lista de divulgação, caso não estejam ainda.