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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Consultores e Consultoria : Algumas metáforas para se pensar

Você já viu algum livro com título do tipo “Começando a carreira como médico?”, ou “Medicina, o caminho das pedras?”. Provavelmente não. Mas se você espichar o olho para as referência que lancei no final desse texto, você verá que há várias publicações que tentam ensinar como ser um consultor. Pois é: Como ser consultor; Consultoria: o caminho das pedras, Guia de consultoria, etc. A diferença fundamental está no fato de que não existe um curso superior de Consultoria, da forma como existe um de Engenharia ou de Medicina. E o porquê disso é até bem óbvio: Você forma um médico, relativamente capaz , através de 6 anos de faculdade, ou um engenheiro via 5 anos na universidade, mas você não forma um consultor competente nos anfiteatros de uma escola. Não forma, porque a construção de um bom consultor passa por outros caminhos e é fruto de um “mix” que envolve muito mais do que conhecimentos técnicos. Um consultor é uma espécie de amálgama, composto de ligas de várias naturezas, onde a personalidade, a credibilidade, a comunicação, etc são alguns dos fatores preponderantes sobre os “saberes” técnicos. Com isso não se está dizendo que um consultor com ótima comunicação mas sem nenhuma espessura técnica seja capaz de conduzir, com sucesso, uma empresa a um objetivo definido, como uma certificação em qualidade, por exemplo. Nem que um consultor com estilo de “orador de botequim” conseguirá sobreviver ao vazio da sua especialidade. Mas estamos sim, afirmando, que um excelente técnico pode não cumprir, a contento, seu papel numa consultoria se não tiver alguns desses traços fundamentais de consultor. Um consultor tem que transmitir “inspiração” para gerar bons exemplos, ser “gregário” para formar times coesos quando a tônica for o individualismo, ser “persuasivo” para quebrar resistências naturais quando a cultura tradicional é arranhada e se levanta na defesa do ontem e “motivador” para manter o curso de um projeto “inflight” quando os obstáculos sugerem a aterrisagem. E ele tem que entender duas palavrinhas em inglês, sonoras, mas verdadeiras: Tem que ser “passionate” e “trustworthy”. “Passionate” é gostar do que faz, refletindo isso em doses equilibradas de emoção e de profissionalismo . “Trustworthy” é ser confiável, passar segurança, através de posicionamentos e gestos , desafio por vezes tão complicado quanto a escrita dessa mesma palavra. O consultor tem que entender que é um agente externo, normalmente “estranho” ao “habitat” da empresa, onde, por vezes, encontra uma cultura enraizada, espessa e antiquada e que deve ser mudada para o alcance dos objetivos de seu projeto. Na sua essência, por vezes a consultoria é um grande desafio cultural, como sabemos. Nesse momento, tão ou mais importante do que ser um profundo conhecedor de técnicas específicas é o consultor entender que, metaforicamente, tem que ter um pouco de: obstetra, pediatra e psicólogo.


Do obstetra vem a lição fundamental de que quem concebe o “fruto” do trabalho não é o consultor e sim a empresa. O consultor tem que saber orientar, avaliar os riscos, ensinar algumas técnicas e métodos, monitorar parâmetros, acompanhar a sua evolução, auscultar e ajudar na hora na hora do “nascimento” do processo implementado. Mas o fruto foi concepção da empresa. O material genético da tecnologia específica deve ser incorporado ao da empresa, traduzido na sua cultura, no seu sucesso, nos seus objetivos e até nas lições aprendidas com seus fracassos. O consultor, quando muito, ajudou no molde e suplementou com células mestres da qualidade.

O consultor tem que entender o seu lado pediatra. Ser assim, significa estar disponível nas horas mais impensáveis, atender celular nos momentos inoportunos, orientar e acalmar a empresa (im)paciente e por vezes, prescrever um “placebo” temporário, que na reunião seguinte se transformará em algo definitivo e efetivo. Nunca deixar uma dúvida sem resposta, mesmo que a alternativa seja “Eu estou numa outra consultoria, mas te ligo em seguida”. A empresa tem que sentir, e cabe ao consultor transmitir uma viva sensação de parceria que beira a cumplicidade.

Além da personalidade de obstetra e de pediatra, o consultor tem que entender que dentre todos elementos de qualquer projeto de consultoria , o mais difícil é o “peopleware” . O consultor nesse momento começa a mimetizar o psicólogo ou terapeuta. Na referência Consultoria: o caminho das pedras, escrito por Dino Carlos Mocsányi, experiente consultor internacional da Coopers & Lybrand é citada a extrema necessidade manifestada por muitos clientes de pagarem por um “ouvido” paciente do consultor. “Keep your mouth shut” é um dos “mantras” dos consultores experientes daquela empresa, segundo ele. Nesse momento, você não está sendo pago para explicar como implementar a engenharia de requisitos ou técnicas de BPM, mas recebendo para ouvir , com um semblante profissional e terapêutico, digressões, apreensões e fantasmas, muito mais ameaçadores e abstratos do que os algoritmos de Hadoop e Mapreduce. Esse momento, digamos, divã dos consultores, por vezes traz para as empresas, boas soluções encontradas na engenharia do silencio e da sua própria reflexão induzida.

Mesmo considerando todas essas identidades personalizadas por um consultor, outro aspecto fundamental cria a rota das decisões mais acertadas, que na realidade é o produto vendido pelos consultores e demandado pelos clientes: O consultor tem que ter uma percepção clara sobre a distinção de dois conceitos , por vezes, desapercebidos: racionalidade e razoabilidade. A racionalidade(rationality) é um processo mental criado por uma cadeia de elementos, que na sua totalidade, deverão estar numa faixa estreita de correção para que a decisão final esteja certa. É uma trilha cartesiana, bem delimitada , com rigores aplicados em todos os pontos e que muitas vezes foge um pouco da flexibilidade demandada em grande parte das soluções. Tem um quê de concreto, de difícil flambagem e o ser humano, insumo principal dos nossos trabalhos, dificilmente consegue ser racional o tempo todo. A razoabilidade (reasonableness), por sua vez, se vale de múltiplos caminhos que encadeiam a razão com a emoção, se valem da química da intuição, dos reflexos de bom senso e do acervo de experiência . Essa distinção depende muito de cada consultor e do lastro de vida acumulado ao longo de sua carreira, não sendo aprendido em nenhuma universidade. Na vida , por vezes, entramos numa trilha onde deveremos analisar se é melhor ser “racional” ou “razoável”. Dou-lhes um exemplo simples: Como tenho 62 anos, tenho direito a certas vantagens oferecidas pelo dito “Estatuto do Idoso”. Por exemplo, tenho direito a “furar fila no banco, ou na campanha de vacinação na Drogaria Araújo” .. Isso está dentro da “racionalidade” estrita da lei, que define o meu direito dessa forma. Ponto. Entretanto, não acho razoável, que eu , vindo de uma corrida ou caminhada de 8 KM, que faço aos finais de semana, me utilize desse expediente, para deixar alguns cidadãos menores que 60 para trás, me valendo de um privilégio, que nada tem de razoável....Quando eu estiver pilotando um par de muletas, ai sim, será o momento de ser racional. Assim, na vida e na dúvida, opte por ser razoável no lugar de racional. Na pior das hipóteses você errará com flexibilidade e com o conforto do bom senso....

Os detalhes colocados nessas linhas não garantem sucesso sacramentado nem previnem fracassos certeiros. O mundo de uma empresa e a interação com as pessoas é algo muito mais complexo do que conseguimos mapear, numa visão metafórica e reducionista. Warren Buffet, o “top millionaire” do planeta, diz que a idade e a experiência valem mais do que a juventude e entusiasmo. Não acredito nisso, embora respeite a den$idade de $eu$ argumento$. Tenho trabalhado com consultores brilhantes, muitos com a idade dos meus filhos. O que acredito é que tão importante quanto conhecer os métodos da Engenharia de Software, BI, BPM etc é aprender a decifrar a personalidade das empresas e desvendar o “algoritmo” das pessoas. E para isso, ainda não existe certificação....



Referências:

Crocco, L. ,Guttman, E. Consultoria empresarial . Editora Saraiva, 2005.

Mocsányi, D. Consultoria: O caminho das pedras. Trabalhando na era do não emprego. Central de Negócios-Editora e Marketing, 2003.

Oliveira, D. Manual de Consultoria Empresarial. Editora Atlas,2010.

Weinberg, G. More secrets of consulting. Editora Weiberg&Weinberg, 2011.

Weiss, A. Getting start in Consulting. John Wiley & Sons, 2009.



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

BI2-Big Data- Parte VI- Os Big Data e as melhorias sociais.



Imagine um grande pais, com visível potencial tecnológico, uma vasta extensão territorial, com alto grau de pobreza e como consequência(ou causa?) uma enorme taxa de corrupção. Agentes políticos intermediando e desviando recursos que deveriam chegar às camadas mais necessitadas. Problemas de pessoas não identificadas, envolvidas involuntariamente, laranjas, fantasmas etc. Desenhou o cenário? Pensou em algo da sua vizinhança? Pois bem, não é nada disso. Estamos falando da Índia, que se prepara nesse momento para aplicar conceitos de Big Data, se não na solução, pelo menos na mitigação desses problemas. Como? Através de um grande projeto de Banco de Dados que objetiva o cadastramento de 1,2 bilhão de indianos, contendo dados como nome, endereço, sexo, data de nascimento, além de 10 impressões digitais e de duas impressões de íris. Associado a esses dados estruturados e não estruturados, uma PK(chave primária, chamada de adhaar) de 12 dígitos complementará o gigantesco acervo de informações, no qual o governo joga suas esperanças de acabar com o anonimato de muitos milhões de indianos, residindo, na sua grande maioria, abaixo da linha de pobreza. O Banco de dados poderá ser acessado de qualquer ponto do país, via rede telefônica/móvel e permitirá que os mais pobres possam ter acesso a contas bancárias, programas de apoio do governo e outros benefícios, hoje negados pela espessa máquina burocrática que cria dificuldades para vender facilidades, num modelo há muito praticado por países de nossa visceral intimidade.
Números: O projeto foi planejado para 10 anos, ao um custo aproximado de US$3 por identificação, o que leva a inimagináveis quase 4 bilhões de dólares, significativo principalmente para um pais que tem mais que tem 400 milhões de pessoas na linha da miséria e em que 50% de suas crianças abaixo de 5 anos estão na categoria de abaixo do peso natural. Mas o povo indiano tem , nesse projeto, o apoio e solidariedade dos grandes magnatas da informática, muitos deles responsáveis por aquela que é considerada  a segunda maior economia em crescimento do mundo. O Banco de Dados, resultante do projeto, conterá 1,2 bilhão de registros, 10  bilhões de impressões digitais e 2,44 bilhões de imagens de íris. Esse depósito, será, muito maior do que o atual BD chamado  US-Visit, aquele que registra impressões e informações de mais de 100 milhões de visitantes que chegam aos EUA, pertencente ao Homeland Department. Aquele mesmo que armazena as suas digitais, quando você chega à Nova Yorque, por exemplo e fica naquela fila, misturado a uma população de estrangeiros, sonhando com a Big Apple.
Gerentes: Para viabilizar um projeto dessa magnitude, o Governo Indiano foi buscar o apoio financeiro e a competência técnica no seu Vale do Silício(região de Bangalore), de onde trouxe Nandam Nilekani, o mentor da gigantesca Infosys, um conglomerado mundial de 130.000 colaboradores e faturamento na casa de US$30 bilhões anuais e que está aqui também, bem pertinho de nós, em Belo Horizonte, onde possui um núcleo atuante.
Oposição: Claro que existem muitas forças contrárias ao projeto. Desde a estrutura burocrática do estado indiano, parte dela interessada na manutenção do “modus operandi” atual,  que produz as proteínas necessárias para engordar a corrupção, até os movimentos de preservação de segurança e privacidade.
Essa é mais uma visão de Big Data e o potencial de seu uso. Um conjunto gigantesco de dados, devidamente limpo e estruturado em sistemas acessíveis, via cidadão comum, atendendo objetivos inspiradores, que focam a pessoa e sua qualidade de vida. Os dados em altíssimo volume podem contribuir para se estabelecer a verdade dos fatos de forma mais apurada. Permitem análises sobre amostras mais representativas, proporcionando um maior rigor analítico. É importante ressaltar que  de nada vale todo um acervo estratosférico de dados se não houver preceitos de qualidade aplicados a eles e também  sobre os players(coletadores,  atualizadores, administradores e analisadores) de um projeto dessa natureza. Imagine a dificuldade de aplicação de um projeto dessa magnitude por aqui. A começar pela falta de vontade de se resolver problemas com efetividade, preferindo-se sempre o assistencialismo adocicado que pouco contribui, além da terrível  possibilidade de se entregar esses trabalhos para as ONGS, que se regalariam com os bilhões de seu orçamento.

sábado, 15 de outubro de 2011

BI2-Big Data- Parte V- Movimentos do mercado



Um dos sinais claros de evolução de certa tendência tecnológica ou metodológica são os movimentos que o mercado mostra com relação àquela novidade. Em outras palavras, como as empresas  começam a se fundir, comprar ou buscar parcerias com outras, visando o domínio daquela tecnologia, em particular . No caso de Big Data, analytics, MDM, ou dos conceitos mais amplos dentro do BI2, já há um tempo, as grandes empresas começaram o processo de caça às alternativas boas do mercado.
A IBM nos últimos anos partiu para a aquisição de certas tecnologias que ainda estavam emergentes, porém sobre as quais ela não mantinha domínios. A IBM adquiriu:
a)      A Netezza por US$1,7 bilhão de dólares. A Netezza foi uma das empresas de maior destaque em 2010, no campo de tratamento de grandes volumes de dados. Com uma promessa de que seu “engine” pode processar taxas de 10 Petabytes/minuto, a IBM não teve dúvida em incorporá-la aos seus ativos. A força da Netezza se dá pela adoção de estruturas Hadoop e Mapreduce para o tratamento de grandes volumes de dados;
b)      A Cognos, uma das grandes empresas independente  de BI, que oferece um conjunto de funcionalidades para tratamento dimensional de dados, criação de relatórios, cubos e análises focadas em scorecard;
c)      A SPSS, um pouco mais especializada, sempre foi uma famosa ferramenta do mundo de processamentos estatísticos e veio para engrossar o caminho da Big Blue em direção às camadas de análise preditiva;
d)     Algorithimics, empresa focada em serviços de  análise de riscos para empresas do segmento financeiro. A empresa foi votada como uma das mais centradas no protocolo de Basiléia, que visa definição de normas e padrões objetivando a minimização de riscos em bancos e  instituições financeiras;
e)      Ounce Labs, empresa focada em testes e vulnerabilidade de códigos, mostrando a preocupação da Big Blue na esfera de qualidade de códigos;
f)       I2, empresa focada em análise de segurança de dados, com foco em Big Data, visando o ataque a um dos grandes problemas que aparecem com o crescimento das informações , quer seja no mundo virtual da nuvem, ou físico das empresas;
A HP, por sua vez,  acabou de adquirir a Autonomy, empresa especializada em processamento de documentos estruturados e  dados semi e não-estruturados;
A SAP, gigante alemã de pacotes(ERP) já havia comprado a BO(Business Objetcs), empresa de grande reputação na Europa, com forte foco em BI, analytics, etc e depois adquiriu a Sybase, uma das pioneiras em bancos de dados Cliente/servidor e que possui uma das primeiras implementações em indexação colunar(SybaseIQ), cujo uso mais intenso tem sido uma das novidades dentro da tecnologia de BI2;
A EMC2, gigante da área de armazenamento(storage) adquiriu a Greenplum, uma das empresas pioneiras na adoção de Hadoop para tratamento de grandes volumes. A Greenplum, Netezza e Aster formavam um trio de empresas de pouca visibilidade mas que marcaram presença pelo pioneirismo em processamento de petavolumes, com aplicações analíticas e de BI em Big Data.
A Oracle, que sempre foi uma grande incorporadora de tecnologias emergentes, também começa a espichar o olho para esse cenário de Big Data, analytics, etc . Depois da aquisição da Hyperion e da  “parceirização” com a famosa  e independente Informática, empresa especializada em  integração de dados, Larry Ellison parecia ter se acalmado. A Informática já havia adquirido a Siperian, especialista em MDM, por US$130 milhões e a Oracle já botava o seu pé no mundo da gerência de dados mestres, através dessa aquisição oblíqua. Mas no último Oracle OpenWorld , acontecido agora no início de outubro de 2011 em São Francisco, foram mostradas mais novidades, bem ao estilo de Ellison, onde a fumaça e o holofote, por vezes, obscurecem os detalhes de implementação e proposição objetiva dos produtos:
·         A Oracle anunciou o novo Oracle Big Data Appliance, que trará o  framework Apache Hadoop na forma de  Oracle NOSQL, Oracle Data Integrator adapter para Hadoop, Oracle Loader para Hadoop, além da sinalização do uso do sistema R, open-source, com forte sabor de tratamento analítico em Big Data, mostrando que a Oracle percebe a importância desses  produtos e define as armas para a briga com os produtos de mercado, como SAS ou SPSS(esse da IBM) ;
·         O produto R, que já está presente em outras soluções de mercado, como o da própria IBM, com o Netezza, o AsterData, o Teradata DW e o Greenplum(EMC2), aparece se unindo à família Oracle. Assim, no Appliance da Oracle, também aparece a “linguagem” R para tratamento estatístico, que provavelmente exigirá a migração dos dados do Haddop para bases Oracle, caso se queira trabalhar dados não estruturados.Mas isso é a confirmar...
Assim caminha a humanidade: Os peixes maiores se alimentam dos menores, mas isso não necessariamente garante a fórmula do sucesso. É fundamental que as “grandes” estejam plenamente focadas naquele assunto e não somente mirem a expansão do seu mercado, abocanhando fatias maiores. As grandes, no caso a IBM, HP e EMC2, estão com forte posicionamento de “serviços”, o que sempre facilita a disseminação de seus produtos, quando aliados às soluções do tipo “ porteira fechada”, misturado com o conceito de “appliance”. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

BI2-Big Data-Parte IV- Data Scientists


No relatório da McKinsey, apresentado anteriormente, apareceram dois números, dentre os muitos que observei, que me atiçaram a curiosidade: Num futuro próximo, o mercado americano demandará a figura de cientista de dados(data scientists), na ordem de 190.000 postos de trabalhos e também 1.500.000 gerentes com alta percepção e conhecimento sobre dados. O conceito de gerente com sensibilidade e conhecimento para dados é uma decorrência natural do espessamento da importância dos dados, no contexto da empresa, visto como um ativo fundamental para os dias de hoje. O conceito de cientista de dados, por seu lado, já havia aparecido numa reportagem que apontava como a segunda profissão mais importante dos próximos anos. A referência foi
e publica o artigo “ The 6 hottest new Jobs in IT”,  escrito por Robert Strohmeyer , e publicado na Infoworld, de 14/06/2011.  O conceito de data scientist ficou em segundo lugar no ranking das mais quentes e novas profissões de TI. Sim, e daí?. Atrás de Arquiteto de negócios, posicionado em primeiro, os cientistas de dados ganham projeção pela necessidade de se domar as montanhas de dados produzidas e onde podem se esconder “pepitas” importantes de informação sobre opiniões, reputação de produtos, qualidade de serviços, etc. Os cientistas de dados deverão estar preparados para alinhavar projetos, mapeando as necessidades específicas de negócios com modelos de dados que deverão ser identificados, recuperados, analisados e visualizados. Nessas montanhas de dados, o cientista de dados (data scientist) deverá tentar descobrir padrões escondidos de comportamento, atitude de clientes, prospects, parceiros, etc , através da aplicação de algoritmos estatísticos de mining, análise preditiva, simulações, etc. O cientista de dados terá uma arsenal de ferramentas à sua disposição, como linguagem R, específica para tratamento integrado de cálculos e gráficos, softwares como SPSS(IBM), ou SAS, ou Greenplum(EMC2), dentre outros . O perfil de um cientista de dados envolve conhecimentos de dados, programação para captura e seleção de dados, limpeza e preparo de dados e aplicações estatísticas e preditivas sobre eles,podendo ser considerado um perfil 2012  do que eram os mineradores de dados ou “data miners” da época de nascimento do BI. Envolverá o conhecimento de estatística,  mining, algoritmos de “machine learning”, algoritmos de simulações, SGBD e técnicas e ferramentas de visualização.  Data Mining, de maneira geral é a ciência mãe de todas essas derivações e  pode ser definida como técnicas que buscam a identificação de relacionamentos desconhecidos que possam produzir resultados positivos e verificáveis, através da aplicação de modelos preditivos, quando aplicados em novos dados.
Outra figura também é eloqüente com relação ao crescimento do novo papel dos “data scientists”. A referência  http://www.indeed.com/jobtrends/Data-Scientist.html,  mostra uma figura que enfatiza o crescimento potencial dessa nova profissão, pesquisado em “posts” que falam sobre tendências de  profissões.
Recursos humanos em Big data:
Com a percepção de que esses profissionais não estão prontos e disponíveis, nas quantidades que serão demandadas, as empresas estão atuando junto às universidades americanas no sentido de criarem especializações, via cursos de MBA. Algumas universidades americanas , hoje, já oferecem cursos com foco nesses segmentos. Elas  tem adicionado  treinamentos “certificados” e cursos de “Masters”, visando o preenchimento da demanda para esses profissionais. As universidade de Stanford e a  Central do Estado de Connecticut estão entre as que já oferecem cursos nessa direção. A Universidade do Tennessee, em  Knoxville, também  acabou de anunciar um curso em “Analytics Masters” combinado com um MBA, engrossando a lista que será, cada vez mais, crescente.  A universidade de Northwestern também oferece curso de “Masters”  em Análise Preditiva, conforme o link a seguir: 

Veja  a lista completa de cursos focados em análise preditiva, mining etc que estão explodindo nos USA e Canadá, em função do crescimento do fenômeno Big data.

http://www.kdnuggets.com/education/usa-canada.html 

Um recente evento , chamado Data Scientist Summit-2011, foi patrocinado pela Greenplum(EMC2), empresa especializada em tratamento de grandes volumes de dados através do framework Apache-Hadoop. Esse “summit”, contém várias palestras disponíveis e oferece uma boa visão do que estão falando sobre essa nova figura dos  “data scientists”, fundamentais para os tempos do Big data, ou a era dos zettabytes. Uma olhada nas palestras ajuda a entender melhor esse novo conceito de “data scientists”. Vale a pena, passe lá :  http://www.greenplum.com/community/data-scientists/ 

Referências:  Veja o endereço www.kdnuggets.com, site especializado em mining, que oferece um conteúdo muito interessante sobre o assunto.