Equipe de Revisores do DMM-Data Maturity Model do CMMI Institute:
Na lista, aparecem 3 brasileiros: Carlos Barbieri(Fumsoft), Antônio Braga(CrestConsulting) e Mario Faria(ex-CDO do Boa Vista Serviços), apontados pelas setas. Em destaque, as participações de figuras "estrelas" da área de dados como Peter Aiken(ex-presidente da DAMA), Peter Chen(inventor do Modelo Entidade-Relacionamento) e Bill Inmon(criador do conceito de Data Warehousing )
Blog que objetiva a discussão de conceitos de Governança e Gestão de Dados com os serviços de DM (Data Management) associados(Arquitetura,Modelagem de dados,BD,DWBI,MDM,DNE,Qualidade de dados,Metadados,etc) Também aspectos de maturidade via modelos MPS.BR,CMMI(ambos para Eng de SW) e DMM (Dados), além das novas formas e influências dos dados na sociedade digital.
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sábado, 16 de agosto de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
DMM-Data Maturity Model do CMMI-Institute
DMM-Data Maturity Model-CMMI Institute
1)O Modelo DMM-Data Maturity Model foi lançado oficialmente, conforme o link abaixo.
http://cmmiinstitute.com/dmmpressrelease20140528/
2)A partir de agora, estamos autorizados a publicar regularmente os pontos do modelo na sua versão final, em comparação com o DMBOK(DAMA), visando uma análise das melhores práticas em Gestão e Governança de Dados. Em posts anteriores, neste Blog, você teve informações sobre o modelo na sua versão draft.
3)A Fumsoft oferecerá nos dias 15,16,17, 21 e 22 de Julho o curso Governança e Gestão de Dados-Conceitos e Maturidade, onde pontos dessa comparação (DMM e DMBOK) serão discutidos pelo autor deste blog. Veja link abaixo
http://www.fumsoft.org.br/eventos/24072014-gestao-e-governanca-de-dados-fundamentos-e-maturidade
sábado, 5 de abril de 2014
DMM-Data Maturity Model
Como convidado, pelo CMMI Institute, para participar da equipe de revisores do DMM-Data Maturity Model, não mais escreverei ou comentarei aspectos relacionados a este modelo, até que ele esteja oficialmente lançado e distribuído (versão DMM 1.0) , o que está previsto para a metade de 2014.
From this moment on, all CMMI Materials that i get from CMMI Institute will be kept strictly confidential and such information or materials will not be disclosed to any persons or organizations other than CMMI Institute representatives.
Carlos Barbieri
terça-feira, 4 de março de 2014
Implementação prática de MGD-Melhoria de Gestão de Dados-Parte IX
Depois de analisarmos os aspectos de Gestão e Governança
de dados, envolvendo os conceitos de DMM e DMBOK, vamos discutir os passos necessários para se
estabelecer, de forma prática, os trabalhos de implementação da MGD-Melhoria de
Gestão de Dados. Nesse particular, a empresa poderá adotar os conceitos do
DMM-Data Maturity Model, ou do DAMA(Data Management Association), convergentes como
mostrado nos posts anteriores. A aplicação de DMM permitirá um caminho mais
incremental, em direção à uma maturidade de dados. O da DAMA sugere um conjunto
de melhores práticas, mas não define camadas de maturidade. Ambos são trilhas
certas e inclusive, podem ser adotados de forma conjunta, permitindo que a
empresa estabeleça a sua MGD-Melhoria de Gestão de Dados.
1)Criação de um grupo de estudo, envolvendo a
TI e as áreas de negócios cujos dados sejam mais sensíveis e críticos,
como dados financeiros, de clientes, de vendas, etc. É fator absolutamente
crítico de sucesso o alto envolvimento das áreas de negócios, com a busca de patrocinadores fortes
e comprometidos com a melhoria da gestão de dados. Dessa forma, você deve
·
Entender os problemas existentes
·
Entender e levantar os principais objetivos de melhorias de dados e ter uma visão clara de
como isso acontecerá;
·
Levantar e identificar prioridades em solução de
dados: áreas, processos, dados, regras de negócios, tudo balizados pelo
incômodo dos problemas e apreensões
existentes nessa ;
2)Definir políticas para a conceituação de
Dado, como um ativo(asset) da empresa e diretrizes para a formação do Conselho de
Governança de dados da empresa. As políticas deverão ser regras gerais “consensadas”
entre as unidades organizacionais
envolvidas e aprovadas pela alta gestão da empresa e deverão ser parte
de processos e padrões definidos para a Gestão/Governança de
dados na empresa. Começar a pensar nas pessoas envolvidas;
3)Definir os riscos de dados “impuros” (data flaws)
ou como os aspectos de baixa qualidade dos dados criam impactos nos negócios da
empresa, na sua reputação ou na produção adequada e confiável de informação. A
definição de riscos potenciais ou de “business cases” de problemas
derivados de qualidade de dados é fator crítico na aprovação de um Programa de
Governança de dados, pela alta gerência e fundamental para sua sensibilização ;
4)Inventariar nas áreas definidas, TI
inclusive, as principais fontes de dados, de forma a se ter uma visão do grau
de replicação de arquivos considerados críticos, como BD de Clientes, de
Pessoal, de Materiais, Financeiro, etc; Esse item, que oferece uma visão
qualitativa do problema, compõe parte do item 3 acima descrito;
·
Levantar e identificar os Dados, metadados e
envolvidos naquela área/ assunto prioritário analisando e catalogando as informações;
·
Selecionar as fontes de dados consideradas mais
críticas para tratamento quantitativo de qualidade. Buscar e aplicar soluções
de “data profiling” em bases escolhidas baseadas em priorização, visando
demonstrar o grau de qualidade dos dados considerados críticos;
5)Analisar as lacunas observadas e o nível de
maturidade atual no assunto dados. Observar qual o grau de pré-disposição das
áreas com relação ao compartilhamento e “proprietarismo” de dados. Isso poderá
indicar o grau de dificuldade nas ações de GD. Com eles, fazer a
proposição de plano de ação, que poderá envolver a criação de gestores de
dados(data steward) localizados em áreas críticas de negócio da empresa. Os
gestores de dados atuam em áreas funcionais/linhas de negócios com a
responsabilidade de aplicar e preservar as políticas, regras , diretrizes de
qualidade, como criação, uso, replicação,etc; Alguns gestores
comporão a camada tática da GD, através do Comitê de Gestores, juntamente com o
CDO(autoridade em dados na empresa, caso haja) e com o grupo responsável pela
implementação das ações de GD na empresa(DMO-Data Management Office ou DGPG-Data
Governance Process Group), semelhantemente ao SEPG das implementações CMMI e
MPS.BR
6)Assim, definir a GD em camadas funcionais distintas,
com papéis definidos e pessoas alocadas:
A camada
estratégica, onde está o Conselho de GD, ou de Conselho de Dados, ou que nome venha
a ter. Formado por gerentes funcionais de áreas (TI, inclusive), terá o
objetivo de estabelecer as políticas e diretrizes que definem o dado como
um ativo da empresa. Resolverá impasses que certamente surgirão e será uma
espécie de Comitê Consultivo;
A camada tática com
o Grupo de implementação do programa de GD(CDO-Chief Data Office, ou DMO-Data
Management Office, ou DGPG-Data Governance Program/Process Group), formado pela
gerência média, responsáveis pela execução dos planos de ação. Aqui entrará o
Comitê dos Gestores de Dados, formado pelos gestores das áreas funcionais. As
palavras chaves aqui são: envolvimento, cooperação e convencimento por
resultados concretos. A gerência de uma área de negócios deverá ter pleno
entendimento das definições de GD, vindas do Comitê acima, a fim de apoiar as
ações de seus gestores de dados e as definições do CDO/DMO/DGPG;
· A camada
operacional, com os gestores de dados(data steward) alocados nas áreas e linhas
de negócios, responsáveis pelas atividades do dia a dia. Por exemplo, na área
de Faturamento de uma empresa de energia elétrica, poderá haver gestores de
dados divididos em domínios ou subdomínios, como faturamento
secundário/primário/grandes consumidores de alta tensão, etc. O aproveitamento
de recursos humanos nas áreas de negócios, com grande conhecimento do
assunto(subject área) pode ser considerada uma excelente estratégia na
definição dos gestores de dados(data steward). Esse conceito é chamado
“Governança de dados não invasiva”, e foi definido por Robert Seiner, da
Kikconsulting, especialista em Governança e Administração de dados;
•
Pensar nas Pessoas e Papeis(Estrutura Organizacional)
– Não
se esquecer de buscar o apoio executivo fundamental nos CxO
– Não
se esquecer dos envolvidos nos dados, owners de dados, responsáveis pelo uso
dos dados nas áreas de negócio
– Não
se esquecer da camada tática envolvendo o DMO, ou o DGPG e Comitê dos gestores de dados
– Não
se esquecer dos Gestores de dados(de negócios e de TI), com suas variantes nos
projetos SDLC(project data stewards). Pensar nos Gestores de dados de áreas
cujos dados serão compartilhados (domain data stewards)
7)Pensar a Governança de dados em interação com alguns projetos específicos, com seus respectivos planos, selecionados
pela prioridade, definidos em programas, como MDM(Master Data Management),
Segurança de dados, Qualidade dos dados para tomada de decisão(BI com
Analytics), Dados não estruturados(Geo-BI, por exemplo),etc. Por exemplo, na
trilha MDM, identificar as ações para reduzir as replicações de fontes de dados
críticos(Consumidor, Órgãos, Produtos, etc) , levantados nos itens anteriores.
Envolver as áreas de negócios que atuam no domínio daquele dado e criar ações
alinhando “business e TI”. Esses projetos devem ser vistos como iterações do
processo maior de GD, aplicando-se neles as atividades de identificação
de metadados, definição de métricas(processo de MED), garantia da qualidade(processo
de GQA), etc. Na trilha de BI com Analytics, considerar aspectos de
governança no sentido de identificar por áreas de negócios: os seus usuários,
os relatórios ou cubos produzidos e consumidos, o valor de retorno dessas
informações de BI para o usuário, freqüência e tipo de solicitações atendidas,
etc. Esse trabalho deverá ser feito com envolvimento do Núcleo de BI e
apontará , de certa forma, o grau de maturidade com que a área de BI atua. Na
camada de dados não estruturados, entender que 80% dos dados de uma empresa
hoje estão na forma semi ou não estruturada. Assim aspectos relacionados com
dados de mapas, GED (Gestão Eletrônica de Documentos), etc devem ser
observados e também merecer os olhares da GD;
8)Sempre atuar com o conceito de “quick hits”, ou
seja realizando projetos que retornem rapidamente resultados visíveis
e importantes;
•
Seja prático:
–
Sempre mostre valor nas ações e processos;
–
Elementos de dados chaves devem ter os seus
gestores de dados definidos, os seus processos e responsabilidades definidos,
como manutenção de metadados, resolução
de pendências,etc ;
–
Os elementos
de dados chaves a serem escolhidos, normalmente tem sabor “financeiro”,
ou seja elementos de relatórios financeiros, aspectos de “compliance”, riscos
regulatórios, outros dados sugeridos por alto escalão, ou pelos próprios
GDN(gestores de dados de negócios);
–
Identificar a função de negócio que possui o
Dado(ou a mais importante). Embora o dado seja usado por várias funções de
negócios, a escolha da “master” poderá ser feita observando as mudanças e
impactos que aquele dado acarreta em quais funções. Quais funções
fundamentalmente são impactadas quando o
dado muda? É uma diferença entre “USAR” e
“DEPENDER” do dados. A segunda
pergunta é: Onde o dado se origina, seu nascimento, a sua criação e por
conseguinte a sua cadeia e ciclo de vida.
9)Definir procedimentos de monitoração dos
projetos, através de ações de processos/procedimentos de medições(MED) ou de garantia da
qualidade(GQA), criando indicadores, como número e tipos de “incidentes”
relativos a dados, problemas de reclamações externas devido a erros de dados,
não-conformidades com definições regulatórias detectadas, etc;
10) Por fim, entender que GD é um programa e
não um projeto isolado e portanto tem características contínuas, e que o
processo desenhado para implementá-lo deverá ser constantemente avaliado por
medições e ganhos tangíveis, o que viabiliza a sua continuidade e minimiza os
riscos de seu colapso.
11)Se você quiser criar uma memória sintética , pense
nos “ Ps” da GD, discutidos até aqui, ao longo desse contexto:
1)Patrocínio
2)Políticas
3)Processos
4)Padrões
5)Papéis e Pessoas
6)Procedimentos
7)Programas/Projetos(Planos)
8)Performance(MED-Medições e GQA-Garantia da Qualidade)
9)Plataformas
10)Palavras(Comunicação)
12)Considerações sobre a implementação de
MGD-Melhoria de Gestão de Dados e o tamanho de empresas: A GD se caracteriza por
um esforço , hoje ainda encontrado em grandes organizações. Isso entretanto não
invalida a sua aplicação em empresas menores(SMB) fazendo as suas devidas adaptações.
Algumas ações sugeridas acima poderão ser implementadas facilmente nas pequenas
empresas, como o entendimento de seus problemas relacionados aos dados, a
descoberta e catalogação de suas fontes principais de dados, além da definição
dos P das GD(se não de todos, de alguns). Há ferramentais livres e open que
podem ser usados. A estruturação das camadas de GD poderá ser adaptada, visto
que em empresas pequenas, poderemos ter uma camada enxuta de GD, com os donos
fazendo o papel de Conselho de GD e um recurso alocado parcialmente para as funções
de gestor de dados, eliminando-se a camada tática. A nossa experiência em
implementações de melhorias de processos em quase 100 empresas de variados
portes em MG, nos credencia a garantir que a MGD poderá ser também implementada
no segmento de SMB. Ao adotar uma abordagem de MGD-Melhoria de Gestão de Dados,
essas empresas estarão se preparando de forma adequada para o seu crescimento sustentável em termos
de controlar esse ativo fundamental em qualquer empresa: os dados e as
informações deles originados. Agindo agora, evitarão ou minimizarão os efeitos
negativos futuros de uma gestão imprópria de seus dados.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Maturidade em dados-DMM-Data Maturity Model-Parte-VIII
DMM e DMBOK
O DMBOK é uma proposta de framework de Gestão de dados
desenvolvido pela DAMA-Data Management Association. É composto por uma coleção de áreas de conhecimentos
focados na prática de Gestão de dados. Para maiores detalhes, acesse http://www.fumsoft.org.br/comunica/arquivos/uma_visao_sintetica_e_comentada_do_dmbok_fumsoft_carlos_barbieri.pdf
Os processos da categoria Estratégia de GD do DMM estão fortemente associados com o corpo de
conhecimento chamado de Governança de
Dados do DMBOK. Esse corpo de conhecimento do DMBOK trata justamente desses
aspectos de definições prévias e também dos mecanismos de controle e
acompanhamento, ou seja Planejamento e
Controle da Gestão de Dados. Observe abaixo alguns pontos de alinhamentos entre
“o quê” do DMM e o “como” do DMBOK, lembrando-se que são níveis diferentes de
observação, com os elementos do DMM mostrados entre parênteses ( ).
Planejamento da gestão de
dados
•
Entender as necessidades
estratégicas de dados da empresa(Objetivos)
•
Desenvolver e
manter uma estratégia de dados (Estratégia)
•
Estabelecer
unidades organizacionais e papéis voltadas para dados (Estrutura de GD),
(Modelo Organizacional)
•
Identificar os
Data Stewards (Estrutura de GD), (Modelo Organizacional)
•
Estabelecer as
camadas de GD e de data stewards (Estrutura de GD), (Modelo Organizacional)
•
Desenvolver e
aprovar Políticas, Padrões e Procedimentos de dados (Definição de Requisitos de dados)(Gerência
de ciclo de vida)
•
Revisar e aprovar
a Arquitetura de Dados (Definição de Requisitos de dados)(Gerência de ciclo de
vida)
•
Planejar e
patrocinar Projetos e Serviços de Gestão de Dados (TCO,BC,Modelo de Funding)
•
Estimar o valor
dos Ativos de Dados e custos associados(Riscos) (TCO,BC,Modelo de Funding)
Controle da gestão de dados
:
•
Supervisionar as
camadas/estruturas e papéis envolvidos com dados (Supervisão)
•
Coordenar as
atividades de Governança de Dados; (Supervisão) (Implementação da GD)
•
Gerenciar e
resolver “conflitos” sobre dados (Implementação da GD)
•
Monitorar e
garantir aderência a aspectos regulatórios(no que tange a dados) (Supervisão)
(Implementação da GD)
•
Monitorar e
garantir a aplicação e conformidade às Políticas, Padrões Procedimentos e
Arquitetura (Supervisão)
•
Supervisionar
projetos e serviços relativos à Gerência de Dados (Supervisão)
•
Comunicar e
promover os valores dos ativos de dados (Comunicação)
A figura DMM-09 mostra uma correlação “overview” entre os corpos de conhecimento do DMBOK com
as categorias do DMM.
O modelo DMBOK apresentado acima está na versão 2009. Já
existe um “draft” da nova versão(versão
2), que contém as seguintes modificações: Inclusão do novo corpo de
conhecimento(área) denominada Integração e interoperabilidade de dados. Também
foram modificados o nome de dois processos : O de Development(Desenvolvimento
de dados) passa a se chamar Data Modeling & Design(Modelagem e Projeto de
dados). O de Data Operations(Operações de dados) passa a ser chamada Data
Storage & Operations(Armazenamento e Operações de dados). Os processos passam a ser denominados Áreas de conhecimentos e
conterão um contexto composto de:
Definição, Objetivos com drivers de negócios, Processos com
atividades(de planejamento, de controle,de desenvolvimento e operacionais) e
subatividades,Entradas, Papéis de supridores, Papéis de responsáveis, Papéis de
stakeholders, Papéis de consumidores, Ferramentas, Entregáveis e Métricas. As
áreas de conhecimento poderão ser divididas em Secções.
A figura DMM-10 ,mostra com um pouco mais de detalhamento,
as correlações aproximadas entre as PA´s do DMM e os corpos de conhecimento do
DMBOK, versão 2. Observar que essas correlações entre os dois modelos deve ser
analisada com cuidado pois envolve alinhar uma proposição de What(O Quê), com
uma possível de How(Como).
Figura DMM-10- Correlação entre os corpos de conhecimento do
DMBOK(Dama), versão 2 com as áreas de processos do DMM(CMMI)
Maturidade em dados-DMM-Data Maturity Model-Parte VII
Processos de Apoio:
Ao analisarmos o modelo DMM observa-se que há um conjunto de
processos de apoio, não detalhados no “draft” do trabalho. Esses processos
existem no CMMI e MPS.BR e tem como objetivo apoiar os processos “core”,
discutidos anteriormente, nos seus objetivos finais. Conforme veremos abaixo,
os processos de apoio do CMMI-DEV podem ser perfeitamente aplicados no mundo
dos Dados, embora tenham sido originalmente definidos para Processos. Pela
generalização do “What” e evitando o detalhamento do “How”, os processos de maturidade podem sofrer
leituras variadas e serem adotados, bastando pensar um pouco nos novos domínios
onde se deseja a sua contextualização. Isso é o que eu imagino será considerado
no release final do DMM, previsto para 2014. Vejamos a forma pura com que o
Modelo CMMI-DEV trata esses processos de apoio, nas tabelas a seguir. Há os
chamados SG(Specific goals, ou objetivos específicos), divididos em SP(Specific
Pratices, práticas específicas). No fundo representam os resultados que se espera alcançar com a aplicação
daquele processo em particular. Devido a similaridade do CMMI com o MPS.BR,
focaremos nas discussões dos resultados esperados pelo modelo do SEI.
Os processos de suporte/apoio apresentados na figura DMM-04
são, conforme o CMMI-DEV 1.3:
REQM-Gerência de Requisitos-CMMI
Objetivos Específicos
|
Práticas específicas
|
Considerações
|
SG1-Gerenciar os Requisitos
|
|
|
|
SP1.1-Entender os Requisitos
|
Entendimento junto ao Fornecedor de Requisitos de dados
|
|
SP1.2-Obter comprometimento com os Requisitos
|
Obtenção do comprometimento junto à equipe técnica
|
|
SP1.3-Gerenciar alterações de Requisitos
|
Alterações de requisitos de dados com a análise impacto
|
|
SP1.4- Manter a rastreabilidade bidirecional dos Requisitos
|
Rastreabilidade bidirecional, Horizontal e vertical de requisitos de
dados
|
|
SP1.5-Garantir alinhamento entre Produtos de trabalho e os Requisitos
|
Integridade dos produtos de trabalhos que documentam e registram
requisitos de dados, preservada nas alterações de requisitos
|
CM-Gerência de Configuração-CMMI
Objetivos Específicos
|
Práticas específicas
|
Considerações
|
SG1-Definir Baselines
|
|
|
|
SP1.1-Identificar Itens de Configuração
|
Itens de Configuração de domínio de dados: modelos, scripts, Bancos
de dados, etc
|
|
SP1.2-Estabelecer um sistema de Gerência de Configuração
|
Sem variação com relação ao CMMI-DEV
|
|
SP1.3-Criar/Liberar as Baselines
|
Controlar os IC de dados em Baselines
|
SG2-Rastrear e Controlar Alterações
|
|
|
|
SP2.1-Rastrear as solicitações de alterações
|
Registrar e analisar alterações de IC de dados
|
|
SP2.2-Controlar Itens de Configuração
|
Controlar os impactos das alterações em dados
|
SG3-Garantir Integridade
|
|
|
|
SP3.1-Estabelecer registros de gerência de configuração
|
Sem variação
|
|
SP3.2-Realizar auditoria de configuração
|
Variação nos check-lists de auditoria, onde prevalecerão IC do
domínio de dados
|
Objetivos Específicos
|
Práticas específicas
|
Considerações
|
SG1-Preparar para Gerência de Risco
|
|
|
|
SP1.1-Determinar fontes e categorias de riscos
|
Variação com relação aos tipos e categorias de riscos incidentes no
domínio dos dados
|
|
SP1.2-Definir parâmetros de risco
|
Variante com relação aos aspectos de problemas de dados: reputação,
erros de cálculos, aspectos de normas e regulação
|
|
SP1.3-Estabelecer estratégia de gerência de risco
|
Idem
|
SG2-Identificar e analisar riscos
|
|
|
|
SP2.1-Identificar riscos
|
Controle de riscos de dados nos pontos de origem: entrada de dados,
camadas de transformação, visualização
|
|
SP2.2-Avaliar, categorizar e priorizar riscos
|
Idem
|
SG3-Mitigar riscos
|
|
|
|
SP3.1-Desenvolver plano de mitigação de riscos
|
|
|
SP3.2-Implementar plano de mitigação de risco
|
|
MA-Medições e Análise-CMMI
Objetivos Específicos
|
Práticas específicas
|
Considerações
|
SG1-Alinhar atividades de medição e análise
|
|
|
|
SP1.1-Estabelecer objetivos de medições
|
Em consonância com diversas Categorias/componentes e PA´s do DMM:
Estratégia, Medições(11), Análise e Medição(33)
|
|
SP1.2-Definir medidas
|
De acordo com os objetivos da GD
|
|
SP1.3-Especificar procedimentos de Coleta e Armazenamento
|
Sem variação
|
|
SP1.4-Especificar procedimentos de análise
|
De acordo com objetivos da GD
|
SG2-Prover os resultados de medições
|
|
|
|
SP2.1-Obter os dados de medições
|
Sem variação, atentando para os pontos e momentos de coleta, no ciclo
de vida dos dados
|
|
SP2.2-Analisar os dados de medições
|
Avaliação dos envolvidos em GD: Comitê, CDO,Data stewards,
|
|
SP2.3-Armazenar dados e resultados
|
Sem variação
|
|
SP2.4-Comunicar resultados
|
|
Considerações sobre os processos de apoio do CMMI aplicados
aos dados:
No caso de processos de apoio, aplicados à Gestão
Estratégica de dados, mudaríamos alguns elementos classicamente considerados no
CMMI/MPS.BR para o encaixe no mundo dos dados. Alguns processos de apoio como
MA(Medições e Análise), CM(Gerência de configuração) e RSKM(Gerência de Riscos)
são mais óbvios de se adaptar, bastando pensar no novo contexto de dados no
lugar de processos. Medições de erros de
atributos nos dados(precisão, integridade,etc), medições de problemas de
dados relacionados a aspectos regulatórios, medições de divergência nos
metadados,etc. Os aspectos de Configuração também são de correlação direta. A
parte a ser modificada será o foco no
conjunto de Itens de Configuração definido nos projetos, com maior prevalência para aqueles relacionados
com dados(modelos conceituais, lógicos e físicos), scripts de Bancos de dados,
o próprio Banco de dados, o catálogo de metadados,etc. A parte de Gerência de
Risco também não representa dificuldades. A classificação dos riscos e seus
parâmetros como Probabilidade e Impacto de incidência será pensada com relação
aos dados. Riscos de dados impactarem
aspectos de regulação (Aneel,BV,Anvisa,Banco Centraletc), riscos de data flaws
na reputação da empresa, riscos de cálculos errados por transformações
indevidas de dados,etc. Os aspectos relacionados a Gerência de Requisitos,
aplicados aos dados também não oferece grandes desafios, embora seja menos linear. Os conceitos de
Fornecedores de Requisitos, os conceitos de rastreabilidade de requisitos agora
serão transpostos para dados. Os fornecedores de requisitos de dados em um
projeto tradicional, via SDLC(System development Lyfe Cycle) são os mesmo que
fornecem os outros tipos de requisitos, como os funcionais e não funcionais. O
detalhe aqui é que a necessidade de dados é manifestada como requisito e deverá
ser analisada à luz de sua já existência em Bancos de dados, ou ERP existentes.
A sua pertinência será observada com relação a sua classificação. Por exemplo,
dados mestres deverão ser oferecidos aos fornecedores de requisitos, via
estratégia de mensageria ou serviços, caso possam ser utilizados diretamente.
Dados de referência deverão ser analisados também com relação à sua já
existência. Aqui a necessidade de requisitos de dados envolve a sua
existência(o dado existente é o que eu necessito?), a sua pertinência(o dado
que existe esta na forma que eu preciso?). Processos de controles de modelos de
dados em nível conceitual, lógico e físico serão elementos chaves nesta PA de
Requisitos. Além disso, redundâncias, autorizações de uso, definição de
especializações, etc aparecerão também aqui. A rastreabilidade deverá se preocupar com a
análise de impacto que alterações em dados proporcionarão. Por exemplo, a
alteração de um layout de BD, modificação de um dado, modificações de dados de
uma interface, mudanças em entidades num
modelo conceitual, etc podem ser registrados e
trabalhados como requisitos de dados com certa coerência com o GRE do
CMMI.
Os modelos de maturidade como CMMI e MPS.BR também
contemplam resultados genéricos, válidos para todos os processos. Esses
resultados genéricos podem ser entendidos, conforme a tabela abaixo e estão
mapeados com algumas PA´s vistas anteriormente:
GG1-Objetivos genéricos
|
Práticas genéricas
|
Considerações
|
GG1-Alcança objetivos genéricos
|
|
|
|
GP1.1-Realizar as práticas específicas
|
O alcance de cada um dos 37 processos do DMM
|
GG2-Institucionaliza um processo gerenciado
|
|
|
|
GP2.1-Estabelecer uma Política organizacional
|
Definido dentro do componente Estratégia , com suas PA´s
|
|
GP2.2-Planejar o processo
|
DMM(1),DMM(2),DMM(3)
|
|
GP2.3-Prover os recursos
|
DMM(10)
|
|
GP2.4-Definir Responsabilidades
|
DMM(6), DMM(7),DMM(9)
|
|
GP2.5-Treinar as pessoas
|
DMM(10)
|
|
GP2.6-Controlar produtos de trabalho
|
DMM(18),DMM(19)
|
|
GP2.7-Identificar e envolver stakeholders relevantes
|
DMM(6),DMM(7),DMM(9)
|
|
GP2.8-Monitorar e controlar o processo
|
DMM(8)
|
|
GP2.9-Avaliar objetivamente a aderência ao processo
|
DMM(8),DMM(11)
|
|
GP2.10-Rever o “status” do processo com a gerência de alto nível
|
DMM(8),DMM(11)
|
GG3-Institucionalizar um processo definido
|
|
|
|
GP3.1-Estabelecer um processo definido
|
Estratégia
|
|
GP3.2-Coletar experiências relacionadas com o processo
|
|
GG4-Institucionalizar um processo gerenciado quantitativamente
|
(*)
|
Todas com foco na DMM(8), DMM(11)
|
|
GP4.1-Estabelecer objetivos quantitativos para o processo
|
|
|
GP4.2-Estabilizar o desempenho do processo
|
|
GG5-Institucionalizar um processo otimizado
|
(*)
|
Todas com foco na DMM(8), DMM(11)
|
|
GP5.1-Garantir a melhoria contínua do processo
|
|
|
GP5.2-Corrrigir as causas raízes de problemas
|
|
(*)-CMMI-DEV- representação por estágios
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