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sábado, 15 de outubro de 2011

BI2-Big Data- Parte V- Movimentos do mercado



Um dos sinais claros de evolução de certa tendência tecnológica ou metodológica são os movimentos que o mercado mostra com relação àquela novidade. Em outras palavras, como as empresas  começam a se fundir, comprar ou buscar parcerias com outras, visando o domínio daquela tecnologia, em particular . No caso de Big Data, analytics, MDM, ou dos conceitos mais amplos dentro do BI2, já há um tempo, as grandes empresas começaram o processo de caça às alternativas boas do mercado.
A IBM nos últimos anos partiu para a aquisição de certas tecnologias que ainda estavam emergentes, porém sobre as quais ela não mantinha domínios. A IBM adquiriu:
a)      A Netezza por US$1,7 bilhão de dólares. A Netezza foi uma das empresas de maior destaque em 2010, no campo de tratamento de grandes volumes de dados. Com uma promessa de que seu “engine” pode processar taxas de 10 Petabytes/minuto, a IBM não teve dúvida em incorporá-la aos seus ativos. A força da Netezza se dá pela adoção de estruturas Hadoop e Mapreduce para o tratamento de grandes volumes de dados;
b)      A Cognos, uma das grandes empresas independente  de BI, que oferece um conjunto de funcionalidades para tratamento dimensional de dados, criação de relatórios, cubos e análises focadas em scorecard;
c)      A SPSS, um pouco mais especializada, sempre foi uma famosa ferramenta do mundo de processamentos estatísticos e veio para engrossar o caminho da Big Blue em direção às camadas de análise preditiva;
d)     Algorithimics, empresa focada em serviços de  análise de riscos para empresas do segmento financeiro. A empresa foi votada como uma das mais centradas no protocolo de Basiléia, que visa definição de normas e padrões objetivando a minimização de riscos em bancos e  instituições financeiras;
e)      Ounce Labs, empresa focada em testes e vulnerabilidade de códigos, mostrando a preocupação da Big Blue na esfera de qualidade de códigos;
f)       I2, empresa focada em análise de segurança de dados, com foco em Big Data, visando o ataque a um dos grandes problemas que aparecem com o crescimento das informações , quer seja no mundo virtual da nuvem, ou físico das empresas;
A HP, por sua vez,  acabou de adquirir a Autonomy, empresa especializada em processamento de documentos estruturados e  dados semi e não-estruturados;
A SAP, gigante alemã de pacotes(ERP) já havia comprado a BO(Business Objetcs), empresa de grande reputação na Europa, com forte foco em BI, analytics, etc e depois adquiriu a Sybase, uma das pioneiras em bancos de dados Cliente/servidor e que possui uma das primeiras implementações em indexação colunar(SybaseIQ), cujo uso mais intenso tem sido uma das novidades dentro da tecnologia de BI2;
A EMC2, gigante da área de armazenamento(storage) adquiriu a Greenplum, uma das empresas pioneiras na adoção de Hadoop para tratamento de grandes volumes. A Greenplum, Netezza e Aster formavam um trio de empresas de pouca visibilidade mas que marcaram presença pelo pioneirismo em processamento de petavolumes, com aplicações analíticas e de BI em Big Data.
A Oracle, que sempre foi uma grande incorporadora de tecnologias emergentes, também começa a espichar o olho para esse cenário de Big Data, analytics, etc . Depois da aquisição da Hyperion e da  “parceirização” com a famosa  e independente Informática, empresa especializada em  integração de dados, Larry Ellison parecia ter se acalmado. A Informática já havia adquirido a Siperian, especialista em MDM, por US$130 milhões e a Oracle já botava o seu pé no mundo da gerência de dados mestres, através dessa aquisição oblíqua. Mas no último Oracle OpenWorld , acontecido agora no início de outubro de 2011 em São Francisco, foram mostradas mais novidades, bem ao estilo de Ellison, onde a fumaça e o holofote, por vezes, obscurecem os detalhes de implementação e proposição objetiva dos produtos:
·         A Oracle anunciou o novo Oracle Big Data Appliance, que trará o  framework Apache Hadoop na forma de  Oracle NOSQL, Oracle Data Integrator adapter para Hadoop, Oracle Loader para Hadoop, além da sinalização do uso do sistema R, open-source, com forte sabor de tratamento analítico em Big Data, mostrando que a Oracle percebe a importância desses  produtos e define as armas para a briga com os produtos de mercado, como SAS ou SPSS(esse da IBM) ;
·         O produto R, que já está presente em outras soluções de mercado, como o da própria IBM, com o Netezza, o AsterData, o Teradata DW e o Greenplum(EMC2), aparece se unindo à família Oracle. Assim, no Appliance da Oracle, também aparece a “linguagem” R para tratamento estatístico, que provavelmente exigirá a migração dos dados do Haddop para bases Oracle, caso se queira trabalhar dados não estruturados.Mas isso é a confirmar...
Assim caminha a humanidade: Os peixes maiores se alimentam dos menores, mas isso não necessariamente garante a fórmula do sucesso. É fundamental que as “grandes” estejam plenamente focadas naquele assunto e não somente mirem a expansão do seu mercado, abocanhando fatias maiores. As grandes, no caso a IBM, HP e EMC2, estão com forte posicionamento de “serviços”, o que sempre facilita a disseminação de seus produtos, quando aliados às soluções do tipo “ porteira fechada”, misturado com o conceito de “appliance”. 

Um comentário:

  1. Bom Artigo! Trabalho com Teradata a 6 anos, já havia percebido esta movimentação do mercado, mas ainda não tinha parado p/ pensar como profissionalmente poderia tirar proveito desta "nova onda"...rs

    Hora de baixar o weka, e voltar a brincar de achar padrões...

    Abraço,

    Henrique

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