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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Novidades em Governança e Gestão de Dados-Parte-05

Como se encontram os conceitos de Governança, Gestão de Dados e correlatos, no momento nos EUA?

Evento: Conferência de Inverno de Governança de Dados, ocorrido entre 14-18 de Novembro de 2016, em Delray Beach – Flórida .

Alguns drops de informações :

1)Os drivers que estão levando as empresas a adotarem GD continuam sendo “compliance” com as exigências regulatórias e os riscos delas provenientes, aplicação dos dados para o aumento de vendas, “customer experience”, ou a busca de um  melhor entendimento do comportamento dos clientes,  de certa forma associado à anterior, a avaliação da performance operacional para entender os alcances do negócio através de indicadores mais elaborados e finalmente a busca de redução de despesas;

2)Os principais problemas encontrados, para os quais a GD tenta apontar suas baterias são: Ambiguidade na definição dos dados(falta de gestão de metadados), fontes díspares de informações(falta de integração e de  controle sobre dados mestres e de referência) e falta de responsabilidade e “accountability” sobre os dados(ausência de gestores- data stewards e de donos de dados-data owners). Uma pesquisa de braço erguido na plateia, com quase 200 participantes evidenciou que pouco ainda se faz sobre gestão de metadados;

3)Entender claramente as Políticas de Negócios é fator fundamental na GD, pois as Políticas de dados são originadas, quase sempre, delas( Políticas de Negócios). Uma política de negócios que define, por exemplo, que a empresa é obrigada a se reportar a determinada agência reguladora, num certo período, gerará, como consequência, Políticas de dados de compliance;

4)Há um claro crescimento em determinadas áreas da Governança, ou em processos no seu entorno. Por exemplo, fica patente, cada vez mais, a importância da adoção de CM(Change Management), ou Gerência de mudanças. Aqui não se está falando de mudanças de requisitos ou de códigos, como bem ensina o CMMI ou MPS. A mudança aqui está no plano cultural e comportamental de áreas da empresa que se preparam para abraçar a Governança de dados. A GD exigirá mudanças de posturas gerenciais e operacionais, dai a importância desta gerência para preparação das mudanças.

5)Embora haja ainda uma certa retração com relação à Gestão de Metadados, muitas empresas apresentaram “cases” de abordagem desse corpo de conhecimentos. Nesse patamar surgiu a necessidade de se automatizar os dados, criando glossários de negócios, com diferenciação entre termos de negócios e termos operacionais. Também exige-se da ferramenta de metadados uma capacidade de busca que permita acessar dados por quaisquer atributos, além de uma capacidade de verificação de elementos redundantes de dados, nem sempre alinhavados pela mesma descrição. Nesse segmento aparecem diversas ferramentas, algumas das quais já com presença no Brasil. A lista observada foi: Collibra, Rochade(da ASG), Backoffice, Datum, Infosphere(IBM), Innovative Systems, Informática, EBX5-Orchestra, Trillium, Embarcadero e até o SharePoint da MS pode ser pensado como elemento inicial para uma plataforma de metadados; 

6)Independentemente das linhas de GD adotadas, nota-se claramente a  estrutura triangular padrão, caracterizando um framework com uma camada superior de GD executiva e estratégica,  que tem função de Apoio e Suporte ao programa, uma camada intermediária, com uma visão de autoridade, definição e resolução de pendências e uma camada operacional, que aplica, executa e controla as Políticas, os Processos e os Padrões  de dados da empresa;

7)Um dos aspectos citados no processo de convencimento da necessidade de GD pode passar pela verificação do estado atual das práticas de dados na organização. Uma avaliação(Assessment) pode desenhar o estágio atual da empresa, suas lacunas e fragilidades e se transformar num poderoso elemento de convencimento, principalmente se comparado com posições dos concorrentes. Isso poderá ser feito via os modelos DAMA, DMM, ou alguma abordagem adaptada e desenvolvida, que customize ou otimize os esses modelos;

8)Outro ponto importante, considerado fator de sucesso é o engajamento das áreas e  de pessoas no movimento de GD. O engajamento é função direta do convencimento com dados e fatos, histórias de sucesso e de fracasso e o foco nas pessoas corretas a serem seduzidas. As chefias específicas de áreas de negócios que serão “objetos” dos primeiros movimentos do programa de GD, os owners de dados, localizados no grupo anterior e SME(Subject matter expert)-especialistas em assuntos específicos, que serão fortes candidatos a gestores de dados(data steward). Após a identificação de pessoas e papéis fundamentais, deve-se pensar no treinamento, no desenvolvimento de processos e na monitoração e acompanhamento do programa. Nesse processo de busca de patrocínio é sempre bom estar preparado para responder duas perguntas : O que você necessita de mim e o que você vai retornar para a empresa?;

9)Um ponto de discussão nessas Conferências de GD é sempre o posicionamento  hierárquico da área de GD. Há uma quase unanimidade nas empresas de que a GD deve ficar na área de negócios e não na TI. Dentro da área de negócios, há variações de localização, sendo que as áreas de Riscos e Compliance, juntamente com Finanças são as mais utilizadas;


10)Outra percepção obtida é que há uma ligeira variação na aplicação dos conceitos de Governança de dados e Governança de informações. Normalmente esses dois termos são considerados como sinônimos, porém há pequenas variações, em certas percepções. Por exemplo, atribui-se à IG-Information Governance (Governança de Informações), um espectro maior de atuação, que além de envolver a DG(Governança de dados), também contemplaria a parte de Regulações, Aspectos de riscos, aspectos legais e requisitos ambientais;  

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