Como se encontram os conceitos de Governança, Gestão de
Dados e correlatos, no momento nos EUA?
Evento: Conferência de Inverno de Governança de Dados,
ocorrido entre 14-18 de Novembro de 2016, em Delray Beach – Flórida
.
No primeiro dia de Conferência (14/11), algumas informações:
a)Um detalhe do evento: Presença de 175 inscritos, sendo
1 do Brasil(eu mesmo), 7 do Canadá, 2 da
Arábia Saudita, 1 da Irlanda e o restante dos EUA. A grande maioria das
empresas sendo do segmento de Finanças(Bancos, Seguradoras, Financiadoras, etc)
e de Saúde (Hospitais, Planos, Equipamentos médicos, etc) , algumas grandes
indústrias(IBM, Lockheed Martin, Nissan, Motorola, Tysson Foods) e duas
Universidade (Vanderbilt e Southern Indiana).
b)Há uma percepção no ar, manifestada por algumas
pesquisas e por discussões sobre GD e Big Data, que este conceito (Big Data) está perdendo o seu
tônus muscular. Na realidade, na minha visão, isso nada mais é do que o próprio
encaminhamento natural que acontece com todas as manifestações tecnológicas/metodológicas
que causam impacto no seu “start-up”. Passam pelo pico do entusiasmo, descem
até o vale da desilusão para finalmente se estabilizar no patamar de
produtividade. O que se ouve por aqui é que o correto não é nem Big Data nem o
Small Data, mas sim o Right Data, como publicou o respeitado Harvard Business
Review. O placar final, entendo eu, é
que a retórica tecnológica não é nem para desencantar os entusiasmados com Big
Data, nem para alegrar os que não acreditam em hypes. Big Data está acontecendo
na produção hiperbólica da nossa sociedade digital e a sua aplicação deverá
sempre ser precedida de uma pergunta muito simples: Por que preciso disso? Se
você for convincente na resposta(para você e para a sua empresa), vá em
frente..Caso contrário, não embarque apressadamente em canoas da marca Hype..
c)Outro detalhe observado, no primeiro dia, foi a apresentação
muito boa da TIAA, empresa de planos de aposentadoria, que mostrou uma das
melhores implementações de Governança de dados que já vi descrita. Com forte
apoio da alta gerência criaram uma forte estrutura de gestores de dados(em
torno de 62) para atuar na Área de Assunto Finanças, seu grande “driver de
negócios”. Numa próxima oportunidade, falarei mais sobre o programa. Sai
impressionado...
d)Outra sessão foi apresentada pelo escritório de
Governança de Dados do grupo JM Family, um dos maiores grupos de negócios
automotivos da Flórida. Mostraram o grande esforço aplicado na criação do
Programa de GD, enfatizando o necessário passo de Gerência de Mudanças(aqui, no
sentido cultural). Falaram tão bem de uma ferramenta de Metadados, fundamental
no sucesso da implementação, que chegou a parecer propaganda. Mas , ao final, acabei
com a impressão de que não era. A ferramenta deve ser boa mesma.... A verificar
e)Por último, a reunião que envolvia a discussão de GD no
segmento de saúde, com a participação maciça das empresas do setor e eu, meio
que deslocado. Muitas das empresas já com GD implantada, outras com orçamento
para iniciar o programa em 2017 e outra parte pensando cuidadosamente na
possibilidade. Um frase dita por uma das participantes foi mais ou menos a
seguinte: “Enquanto na indústria financeira, os dados mal geridos representam
perdas de dinheiro, na nossa(da saúde), podem representar perdas de vidas”.
Contundente, porém verdadeiro... Volto
depois...
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