Total de visualizações de página

domingo, 11 de setembro de 2011

BI2 especial--Big Data e o 11 de Setembro


Como pode o conceito de  Big Data ter influência em eventos como o “September eleven”, que hoje o mundo reverencia? Na realidade, o conceito foi fundamental na solução do grande enigma que rondava os dias após o atentado: Quem foram os ousados terroristas que perpetraram o maior de todos os atentados da história? Como identificá-los? Veja como o conceito de Big Data teve sua parcela de influência. Nos EUA existem algumas empresas altamente especializadas num segmento, que genericamente chamamos de “Data Broker”, ou seja companhias cujo “business”  consiste em coletar, organizar e disponibilizar para assinantes, informações sobre pessoas físicas, jurídicas e suas diversas correlações. Um exemplo dessas bem sucedidas empresas  é a  ChoicePoint, sediada em Atlanta, que coleta montanhas de dados sobre decisões judiciais, transações fiscais e imobiliárias, avisos de nascimento e mortes, etc., formando uma  gigantesca base estratificada por diversas áreas e que podem ser transformados em informações vendáveis  para clientes na modalidade de software como um serviço (SaaS). A ChoicePoint tem bancos de dados  estimados em 250TB, nos quais armazena informações sobre mais de 200 milhões de residentes nos EUA. As informações são levantadas, por um exército de coletores que vasculham fontes diversas e depois as consolidam em um grande banco de dados. A empresa foi comprada recentemente pela Reed Elsevier por US$4,1 bilhões. A Reed Elsevier pertence ao grupo Lexis-Nexis, gigante especializado na área de provimento de informações e soluções de negócios que tem como clientes escritórios de advocacia, empresas do governo, agentes de segurança, escritórios de contabilidade e empresas em geral interessadas em obter informações. A Lexis Nexis já havia comprado outra empresa denominada SEISINT, que também trabalhava no setor de informações públicas. Essa empresa, SEISINT, também especializada no tratamento e venda de informações, começou na Flórida e teve uma participação interessante durante o ataque às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001. No dia 12/09/2001, Hank Asher, então dono da SEISINT, discutia os ataques às Torres Gêmeas, com um amigo, da área de segurança (Department of Law Enforcement) da Flórida. Do seu apartamento em Nova Iorque, Asher acessou o DB de sua empresa, com mais de 10 bilhões de informações sobre cidadãos residentes, carteira de motoristas, dados de cartórios, óbitos, aluguéis, etc. Em pouco tempo produziu uma lista de 1.200 suspeitos e um arquivo com 120.000 potenciais envolvidos, via sistema desenvolvido por ele, aplicando técnicas de mineração de dados. Imediatamente a  sede da empresa, em Boca Raton, na Flórida, naquela semana virou QG de CIA, FBI, Serviço de Migração, Serviço de Alfândega (Customs). Os dados sobre milhões de residentes nos EUA apareciam como boa fonte para identificar os suspeitos do maior ataque sofrido pelos americanos. Ao final da investigação, dos sequestradores identificados posteriormente, cinco estavam na lista originalmente montada por Hank Asher. Algumas semanas depois, eles, em conjunto, criaram o Matrix-Multi-State Anti-Terrorism Information Exchange, sistema que gravita na zona cinzenta entre a imperiosa necessidade de melhoria da segurança nacional e os fantasmas que ameaçam a quebra dos direitos de privacidade da sociedade americana. Em 2004, a empresa SEISINT foi comprada por US$ 775 milhões pela Lexis-Nexis.(parte extraída do livro BI2-Modelagem e Qualidade , de Carlos Barbieri)

Nenhum comentário:

Postar um comentário