Total de visualizações de página

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

BI2-Big Data-Parte II- Fonte do Big Data



Pense no seguinte: O mundo experimenta um crescimento de negócios e parceiros, mercados e oportunidades,  produzindo um maior volume de dados tradicionais, ou seja aqueles "estruturados", residentes em bancos de dados, planilhas etc  e com os quais sempre trabalhamos.Arquivos de clientes, convênios, conveniados, equipamentos etc continuarão a crescer. OK...Por outro lado,  também os dados semi-estruturados ou não estruturados começam a explodir. Aos dados estruturados de uma ficha médica, por exemplo, se juntam dados "não estruturados" de imagens, ou textos de receitas ou resultados de exames daquele paciente. Ao lado de uma ficha de cliente, podemos ter fotos suas ou dos produtos de sua preferência. Dentro do celular que você usa tem dados estruturados como os endereços, contatos, telefones etc  mas também tem um conjunto de músicas de sua preferência, além das fotos dos filhos e netos. Assim, o Big Data está surgindo também em função de novos domínios de interesses da sociedade, que começamos a consumir com avidez, em função das facilidades crescentes da internet e das benesses da portabilidade . Por exemplo:
·         Há hoje no Brasil, por exemplo, mais  de 220 milhões de celulares, ou seja temos, em  média,  mais de um celular por habitante. Cada ligação efetuada pode ser entendida como um fluxo de informações que deverá ser registrada, por um certo tempo e conterá no mínimo informações do número de origem, do número chamado, estampa de data/tempo, além de  informações operacionais. Calcule o número de ligações efetuadas e imagine a sombra dos “exabytes” se aproximando. Esses são os dados estruturados. Agora imagine o número de fotos, músicas, e-mails, torpedos etc que eles nos permitem produzir ou portar ;  
·         As empresas, com site na nuvem, que tentam entender o comportamento do seu “business” usam mecanismos de detecção de  atitudes do seu visitante. Empresas de buscas, como Google, Yahoo, ou empresas de marketing digital, especializadas em “ads” na internet, tem a necessidade de registar o “clickstream” de um visitante num site. É importante entender o comportamento daquele internauta quando passeia pelos corredores virtuais (páginas) daquele site. Imagine o número de cliques que acontece num segundo em toda a nuvem. Esses cliques deverão ser registrados com uma série de dados, passando por endereço IP que efetuou o clique, a URL acessada, a URL de origem(veio de um buscador, ou entrou direto, via HTTP://), a sempre necessária estampa de tempo, etc. Bilhões de clicks são produzidos num dia na nuvem e essas dados embutem informações preciosas. E o mais importante: deverão ser armazenados e analisados;
·         A produção de imagens e fotos, via câmeras ou celulares, tem tido um crescimento exponencial nesses dias de smartphones e tablets. Os agentes de segurança em vários países  do mundo usam as imagens de câmeras digitais armazenadas em dispositivos de empresas ou de prédios residenciais para ajudar nas suas ações investigativas. A Polícia Militar de SP já  tem planos de conectar as suas centrais de segurança com os sistemas particulares de prédios e empresas, mediante autorização, claro, de forma a integrar suas ações de prevenção em segurança pública. Assim, os dados não estruturados, provenientes de imagens e fotos que se convertem em bits estão na pauta crescente do Big Data;
·         O crescimento de sistemas de análise digital de imagens médicas tem também sugerido um aumento exponencial de Big Data na área de saúde. Equipamentos e softwares têm sido desenvolvidos para atuar de forma integrada nos exames de imagens, com possibilidade, cada vez maior, de aplicações de algoritmos de mining no apoio às interpretações de imagens. Módulos e bibliotecas, cada vez mais precisas, tem sido desenvolvidas objetivando melhorar os aspectos analíticos de imagens médicas, como localização (onde se situa precisamente um tumor, por exemplo), metrificação/cálculo  de superfícies e volumes(qual a dimensão e o volume de uma próstata afetada, por exemplo), separação de bordas(especificação mais precisa de onde começa, por exemplo, um tecido sadio e onde se inicia uma parte afetada). Esse crescente aumento de dados nos sistemas de saúde, seja público ou privado contribuirá muito para a expansão do Big Data. Em BH, por exemplo, a expansão é clara: a chegada de novos operadores de saúde como Amil, A+, a expansão de empresas tradicionais no mercado (Pardini Imagens) são sintomas do aumento da produção de dados e informações, no contexto do Big Data;
·         Também está previsto para 2014, dependendo de aprovações das autoridades, a liberação do uso de “smart pills”, ou seja cápsulas contendo microchips, capazes de coletar informações intracorpóreas e transmiti-las para o celular do paciente.  Isso permitira uma observação e consequentemente ações mais precisas sobre dosagem de drogas anti-rejeição, no caso de transplantes, ou mesmo detecção de condições fisiológicas gerais, como temperatura etc. O projeto pioneiro foi desenvolvido pela Proteus(empresa de biotecnologia americana) e custeado pela gigante suíça  da indústria farmacêutica, Novartis, a um custo aproximado de US$25 milhões. Assim, os dados serão também produzidos, enviados e armazenados a partir do interior do corpo humano, numa espécie de  instanciação do filme Viagem Fantástica, sucesso da década de 60;
·         Para fechar: O Big Data estruturado já existia, na forma de Bancos de dados, Datawarehouses, Datamarts etc e agora são volumes relativamente pequenos se comparados às suas contrapartidas não estruturadas, em crescimento hiperbólico. Prepare-se, pois em função da sociedade digital, qualquer fonte de dados, por mais particular que possa ser, carregará um conjunto de informações que poderá ser interessante do ponto de vista  pessoal, de negócios, ou de comportamento / “sentimento”. Você e seu "entorno" são bits valiosos....

Nenhum comentário:

Postar um comentário