Um dos pontos que mais chamaram a atenção na última
Conferência de Inverno, em DelRay Beach-Florida foi a discussão sobre
GDPR-General Data Protection Regulation, traduzido livremente para Regulação para a proteção geral dos dados. Lançada em Abril deste ano(2016) e com
data para entrar em vigor, a partir de 25 de Maio de 2018, (portanto daqui a
quase 18 meses) a resolução foca, de forma muito mais severa, na proteção de
dados para os residentes da Comunidade Europeia. A ideia central é dar aos
cidadãos sob sua proteção, a volta do direito absoluto sobre os seus próprios
dados, além de uniformizar esse tema para a Comunidade da União Europeia(UE). A
Europa, mostra mais uma vez, uma nítida visão de maior preocupação com os
aspectos de privacidade e segurança de dados, bem maior do que os EUA, onde o
tema é visto com certa leniência. Para ilustrar: De maneira geral, o número de
incidentes de segurança/privacidade aumentou 38%, de 2014 para 2015. Em julho
deste ano(2016), o Yahoo foi adquirido(seu core business) pela Verizon, por
algo em torno de US$4,8 bi. Durante a negociação, diz a Verizon, o Yahoo
não revelou o vazamento(breach) ocorrido em 2014 de 500 milhões de contas,
assumido em setembro deste ano, após a concretização da venda. Agora em
Dezembro, na última 4afa, dia 14, o Yahoo revela e assume mais um vazamento,
desta vez de 1 bilhão de contas, ocorrido em 2013. Talvez o maior vazamento da
história digital. Pronto. Está configurado o embaraço, com mais de um bilhão de
usuários tendo tido expostos seus nomes, telefones, passwords(criptografadas ou
não), perguntas de “check” para confirmação de identidade e email
secundário(aquele para onde serão enviados os procedimentos de “reset” de
password). Uma empresa de cyber-segurança americana, especializada em circular
pelas sarjetas da Dark Web, assegura que 3 cópias dessas informações já foram
vendidas por US$300.000,00 cada. Assim , voltamos ao GDPR, como coloquialmente
é chamado esse abrangente protocolo regulatório que definirá regras leoninas
para mitigar eventos como os acima descritos e proteger os dados dos
internautas da União Europeia. Isso, obviamente, cairá no escopo da Governança
de dados, exigindo das empresas que ainda não se preocuparam com essas
práticas, que se preparem. A implementação de Governança de dados, que inclui
Segurança e Privacidade, em seus corpos de conhecimento, além de outros, será
extremamente aquecida na Europa. Mas não somente lá. Se uma empresa brasileira
realizar um serviço de , por exemplo, Qualidade de dados ou um projeto de dados
Mestres para uma empresa da UE, localizada aqui ou lá, ela também(a brasileira)
deverá estar em “compliance” com o GDPR. Assim, preparem-se para esta nova
fase de GD. Lembre-se desta data: 25 de Maio de 2018...Voltaremos ao assunto,
dentro da lupa de Governança e Gestão de
Dados.
Blog que objetiva a discussão de conceitos de Governança e Gestão de Dados com os serviços de DM (Data Management) associados(Arquitetura,Modelagem de dados,BD,DWBI,MDM,DNE,Qualidade de dados,Metadados,etc) Também aspectos de maturidade via modelos MPS.BR,CMMI(ambos para Eng de SW) e DMM (Dados), além das novas formas e influências dos dados na sociedade digital.
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